quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Aniversários + Castigo + Dinheiro [ou a falta de]

Apesar da nostalgia da última semana, o inesperado resolve acontecer apenas quatro dias antes do retorno ao Brasil: o dinheiro acabou.
Logo pela manhã, tivemos uma pequena comemoração em sala de aula. Fora o aniversário da colega brasileira que participara de alguns passeios comigo. Alguns de nós levamos coisas para que pudéssemos fazer uma pequena surpresa, como cupcakes, um pequeno bolo, mais coxinhas [o pessoal adorou]. Fora uma comemoração singela, mas muito bem organizadinha. Sobraram alguns cupcakes e mandaram-me levar embora. Voltando para casa passei no mercado e vi que meu dinheiro do cartão tinha acabado.
Para que eu pudesse viajar para Londres, fiz um bilhão de pesquisas sobre coisas que poderia usar. Na agência, assim que assinei o contrato, eles me falaram de um cartão do Banco Rendimento chamado Visa Travel Money, que funciona como um cartão de débito pré-pago. Não é novidade que a taxa do IOF está um tanto quanto astronômica [quase 7%, procede?], então existe uma maneira de você pagar menos com impostos, que é aderindo a esse cartão.
Você pode colocar no máximo 15 mil reais e ele converte na moeda que você precisa [Seja Euro, Dólar, Libra...]. Você vai usando como um cartão de débito normal e pode recarregá-lo indo a uma casa de câmbio ou através de um DOC na conta. Eu tinha dinheiro na conta do meu cartão normal, porém meu VTM já estava no zero.
Se você acha que é fácil ligar a cobrar de Londres, se enganou. Eu achei que era a coisa mais simples do universo [algo como colocar 9090 no começo do número] me enganei completamente. Preciso discar para um número da Embratel [que é 0800 890 055] e pedir uma ligação a cobrar. Liguei no banco e me pediram ligar para um outro lugar, mas não consegui. Então fui pra casa e mandei alguns e-mails e pra minha sorte, minha mãe estava online. Meu banco Itaú não permite transferências de valores altos online, eu não conseguia colocar uma quantia de menor valor, meu cabelo estava caindo de stress, então minha mãe foi até a casa de cambio e colocou a grana que eu precisava, com um cheque que eu tinha deixado em casa.
Foi um tormento, ah se foi. Imagine minha reação quando descobri que o Itaú não permite transferências de valores acima de 500 reais.
Então resolvi comer meus bons cupcakes [delícia] e tomar minha boa neosaldina pra passar a dor de cabeça deitei e só fui acordado na hora do jantar. Adivinha o que tinha no jantar...

Epígrafe de Marcela Alcântara
"Sugar, eu queria você aqui neste dia que nem sempre é tão especial, mas este vai ser, pois estou contando com o Buzz e os quarteirões e agora só faltam três!!! Volta logo, te gosto. Marcela Alcantara" [Bom, desta vez a narradora desta epígrafe foi Marcela Alcântara, que também comemora seu aniversário no dia 21 de setembro. Friso que a imagem da ficha de hoje tinha um pequeno hipopótamo, provavelmente referente ao bicho de pelúcia dela, o Zíper].


Música para o momento
The Hives - Hate to Say I Told You So.
Kate Nash - Foundations
Arctic Monkeys - Dancing Shoes

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Convent Garden + M&Ms Store


Lembro-me vagamente que tinha achado a praça de Convent Garden muito engraçada. Mas no momento não pude apreciar muito, pois estava com vários colegas e tinha um espetáculo de rua acontecendo. É hora de revisitá-la.

Foi uma semana absurdamente nostálgica. Lembro-me que Londres ia vagamente se acendendo de cinza dando o ar do Outono que estava por chegar. Eu, em especial, começava a me sentir absurdamente cansado, só de saber que já deveria estar de volta ao Brasil em menos de uma semana. E minhas coisas nem começaram a ser arrumadas ainda. Quando menos os souvenires. Então resolvi tirar à terça para comprar souvenires, coisas aleatórias e visitar decentemente Convent Garden.
Convent Garden fica próximo a já conhecida Charing Cross. É uma praça cheia de atrações de rua, lojas diferentes [lembra da de camisetas que disse antes?] e pessoas. Hoje tinha um mercado de rua conhecido como Apple Market. Vende bilhares de coisinhas como cachecóis, lenços feitos à mão, velas feitas com coco [!] e coisas do gênero. Outra coisa muito famosa em Convent Garden é a Apple Store, que é uma das maiores lojas da Apple do mundo [posso estar enganado, mas acho que é a maior].
Após algumas bugigangas, resolvi ir a Leicester Square [Antes, claro, me perdendo perto de Chinatown]. Resolvi visitar uma loja que há muito tempo me chamou a atenção, porém não consegui entrar na primeira vez: A loja dos M&Ms. Meu Deus, a loja tem três [ou quatro, depende do ponto de vista] andares! Toda colorida e decorada com M&Ms de todos os tipos. Descobri que existem 22 cores de M&Ms diferentes e que você pode combinar as cores conforme seu gosto. Também há algumas estátuas dos M&Ms a lá Inglaterra [A Rosa de Princesa, o Vermelho de Guarda, o Amarelo tirando uma espada da Pedra, todos atravessando a faixa da Abbey Road]. E mais algumas garrafas CHEIAS de M&Ms de tirar o fôlego de qualquer turista besta como eu. Depois de ver todos os pijamas, camisetas, bolsas, miniaturas, latas e tabelas periódicas dos M&Ms, resolvi ir embora antes que clamasse por falência.
Dei uma pesquisada nos preços de musicais, mas estava muito em cima da hora para ver algum. Realmente fiquei tentado em ver alguns, como 'O Mágico de Oz' e 'Mamma Mia!', mas não teria mais tempo para tal façanha.

Fora, de fato, um dia produtivo e exaustivo. Tanto que cheguei em casa com dor nas costas e sono.

Epígrafe de Márcia Alcântara:
"São as nossas escolhas que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades." Alvo Dumbledore Em 'Harry Potter e a Câmara Secreta' escrito por J. K. Rowling
Música para o momento:
Abba - Gimme Gimme Gimme
Judy Garland - Over the Rainbow
Ludov - Estrelas

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Kensington!


Acho que se eu falar de novo que Londres tem mais museus que qualquer coisa eu me bato. Mas é que é algo absurdamente absurdo [sim, redundância]. Mesmo que eu ficasse morando em Londres por um ano, não conheceria todos os museus.

Hoje resolvi fazer algo de diferente. E não, não é tomar meus bons drink. Havia dois museus que eu ainda não tinha ido que me interessavam.
Museu Victoria e Albert: É imenso! Algumas literaturas o sugerem como o maior museu de Artes e Design, contendo milhares ou milhões de artefatos curiosos. É um museu que, pela primeira vez vejo como possível acontecer, agradar meninas e meninos. Possuí um design todo diferenciado [comecemos pelo banheiro, onde nos mictórios está estampado uma mosca para uma mira perfeita e o papel higiênico possuí flores desenhadas] e artefatos curiosos, como impressoras em 3D [não me peça pra explicar como, apenas fique sabendo que ela imprime peças e moldes], roupas futuristas, objetos orientais, fantasias de teatro e uma infinidade de coisas que eu não saberia dizer o que são. Problema: as coisas mais curiosas não são possíveis tirar fotos, como a bicicleta que usa mais de 10.000 cristais Swarovski na sua composição [!]. Atualmente, há uma pequena sala reservada em homenagem a Annie Lennox, do grupo Eurythmics, onde é possível conhecer um pouco mais da vida da cantora, entre figurinos, manuscritos, caleidoscópios e muita música bacana.
http://www.vam.ac.uk/

Museu de História Natural de Londres: Talvez esse nome pareça extremamente comum e maçante, mas este museu possuí uma coisa que qualquer nerd gostaria de conhecer: Kriptonita de verdade! SIM, ela está aqui em Londres, a Kriptonita branca e inofensiva [a nós, humanos]. Junto com mais uma infinidade de rochas, coisas sobre vulcões e simulação de terremoto [sim, senti meu primeiro pseudo-terremoto], algumas informações interessantes sobre a formação do sistema solar. Problema: Cheguei próximo à hora de fechar, logo não consegui ver os andares inferiores, mas já me valeu só pela Kriptonita.
http://www.nhm.ac.uk/

Como já estava em Kensington e ainda não tinha anoitecido [aqui nesta época no ano anoitece por volta das 20h], fomos a mais dois lugares:
Royal Albert Hall, uma casa de shows e espetáculos com capacidade para quase 10.000 pessoas [hoje é o dia do 10.000] que é absurdamente famoso por aqui [não, eu não conhecia antes]. De qualquer forma, apesar de ser um lugar magistral e épico, está em reformas como quase toda a Londres.
Peter Pan. O personagem criado por James Barrie no começo do século XX existe e mora em Kensington. Ok, brincadeira, apenas uma estátua do Peter tocando flauta criada por George Frampton. A estátua é bem concorrida pelos turistas que desejam uma boa foto com o menino que nunca envelhece.
Ainda em Kensington, foi possível ver o memorial que fizeram em homenagem a Lady Di. Eu, particularmente, achei que a pobre merecia algo melhorzinho, enfim... Por fim, ainda uma grande escultura de um Cisne nomeado de 'Isis' feita por Simon Gudgeon. Você põe uma moeda numa caixinha e faz um desejo para a escultura. E no chão, existem várias linhas circulares repletas com quadrados talhados com nomes, dedicatórias e tudo o mais. Para ter seu nome ali gravado, é só pagar a mísera quantia de £1000. E corra, porque tem menos de 90 plaquinhas sobrando. Claro que corri né [de perto].
http://www.royalparks.gov.uk/Kensington-Gardens.aspx

Só pra finalizar o dia com Glamour, dei uma passadinha rápida na Harrods [também estava fechando]. Comi um belo dum calzone próximo a Chinatown e fui para casa, dormir e sonhar com alguém que nunca envelhece e com uma pedra que drena a força de um herói.

Epígrafe de Márcia Alcântara:
"Minha lagarta não vai virar borboleta nunca! Isso é um cheetos" - Meu Malvado Favorito.

Música para o momento:
Eurythmics - Sweet Dreams
Peter Pan 1953 - The Second Star to the Right
Yeah Yeah Yeahs - Zero

domingo, 18 de setembro de 2011

Greenwich [Observatório + Meridiano + Planetário + Soluço] + Westminster + Cabine Telefônica


Greenwich de novo. Sim, pelo menos dessa vez vou conseguir no ponto zero.

Dessa vez acordei cedo, falei que não teria almoço e tampouco jantar em casa. Peguei minha bolsa e saí pela rua afora pegar o famoso 188 que vai para Greenwich. Ele demorou quase 45 minutos, coisa que particularmente nunca vi, uma vez que geralmente assa ônibus de três em três minutos. Mas enfim, consegui de fato chegar até lá.
Paguei um preço simbólico e justo por entrar no lugar onde estava alinha do Meridiano, o observatório, o museu e o planetário mais um show dentro do planetário. Obviamente, poderia comprar apenas o ingresso básico, mas quem quer o ingresso básico em Greenwich?
Enfim, fiquei de frente ao ponto que marca a linha do meridiano. Um monumento fica posicionado exatamente no ponto onde passa a linha, junto com uma listra no chão com o nome de algumas cidades famosas ao redor do mundo e a latitude/longitude. Para tirar uma foto com o monumento, você precisa pegar uma [longa] fila. Pelo menos, enquanto esperava, tinha uma moça vestida como a Mary Poppins [até o guarda-chuva] explicando sobre algumas coisas que você encontra em Greenwich. No mínimo, fantástico.
Bom, não consigo explicar com riquezas de detalhes, porque passei metade do tempo comovido demais com tudo aquilo. Mas lunetas, telescópios, o Museu de Flamstead, relógios [Depois não sabem o porquê britânicos são tão pontuais e porque o Coelho Branco estava desesperado], umas parafernálias para medir a posição do céu e uma 'Camara Obscura', que é uma sala totalmente fechada com apenas um buraco no teto que com a ajuda de algumas luzes adicionais e naturais consegue refletir a entrada do Museu Marítimo [localizado no pé do cume que tem que se subir] ao vivo numa mesa comum de pedra, tanto que é possível ver as pessoas andando pelo parque. E imenso, quase que em proporção 1/3!
Andando de um lado para outro, achando várias coisas diferentes, inclusive o relógio do coelho Branco que mencionei anteriormente [sim, esse relógio existe!], achei um par de escadas velho que ninguém parecia perceber. Subi, obviamente. MEU DEUS, O TELESCÓPIO DE 28 POLEGADAS! Um dos maiores telescópios do mundo, que fora aposentado nos anos 60. Um ícone, pois fica localizado numa cúpula que se abre a noite. Ninguém por perto, minha câmera fotografando sozinha já e eu morrendo nos soluços. Como não tinha ninguém ali, não fazia idéia. O que importa e que fiquei uns bons dez minutos sozinho ali com o telescópio só pra mim [claro, tinha aquelas fitas me impedindo de chegar perto].
Bom, precisava sair dali pra curtir o show do planetário. Me arrependi de não ter chego mais cedo ao planetário, porque ele possuí nada menos que três andares, e após o show, as salas permaneceriam abertas por mais 20 minutos. A princípio, o show me lembrou bastante a experiência Marvel em 4D que presenciei no Madame Tussauds, afinal, era um círculo imenso com todas as imagens sendo exibidas no teto. O narrado explicando sobre alguns pontos de localização, algumas constelações básicas como a de Andrômeda e a de Ursa Maior. Bom, foi o bastante pros meus soluços voltarem. Como saí de lá meio que desnorteado, acabei entrando em uma sala que falava das estrelas das constelações de Órion e Gêmeos, uma a uma. Bom, perdi meus últimos 20 minutos olhando isso. Então fui expulso de lá, no sentido amigável, claro.
Como não estava com a mínima vontade de ir para casa, fui para Westminster de novo, curtir meu pequeno pedaço do Palácio do Parlamento. De lá, acabei me lembrando que uma amiga disse que queria receber uma ligação de uma cabine de telefone vermelha. Encontrei uma numa posição estratégica, pus £1,50 e consegui falar por quase 13 segundos! Um milagre da tecnologia e do meu bolso que penou para achar uma libra e cinqüenta pence em moedas.

Sonhos realizados.

Epígrafe de Márcia Alcântara:
'Sabe, em outros lugares as pessoas tem pôneis, papagaios, mas nós temos dragões.' Soluço em 'Como Treinar Seu Dragão'


Música para o momento:
Two Door Cinema Club - What you Know
Alice in Wonderland 1951 - I'm Late
Radiohead - All I need

sábado, 17 de setembro de 2011

Tea Party + The Roxy


Geralmente sábados é o dia que os seres humanos normais usam para dormir até as 2 da tarde. Claro, opa. Tudo utopia aqui.
Claro que tinha que arrumar minhas coisas e tudo o mais, mas eu estava cansado demais para qualquer coisa e a noite prometia muita diversão. Considere também o fato de Pedro Dias quase não ter mais roupas limpas que já diz tudo.

Primeiro ato: Festa de Chá do Chapeleiro Louco. Sim, uma festa a lá 'Alice in Wonderland'. Pelo menos era o que eu imaginava. Reservei o lugar com quase uma semana de antecedência para evitar perder tal fato histórico. Afinal, todos querem participar de um chá com um Chapeleiro Louco e uma Lebre Maluca. Claro que eu às vezes preciso de um choque de realidade, e o chá era nada mais que um chá. 'Acorda Alice', diria eu para mim mesmo num outro momento. Mas o chá foi uma das coisas mais formidáveis que já presenciei. Não toinha gente vestido como personagens, e não tinha milhares de pessoas, apenas umas vinte, dentre estas, três rapazes. Uma enorme mesa colocada entupida com tantos doces que fica até difícil se mexer. Cadeiras forradas e extremamente confortáveis. Um chá cujo cheiro empesteava o ambiente. Enfim, um chá digníssimo e, mesmo que não tendo personagens, pude de fato me sentir em minha Wonderland particular.
E o melhor: Assim que a festinha começou a se encerrar e as senhorinhas de idade [sim, tinha várias delas] se foram, a dona do Chá entregou uma pequena caixinha para cada um pegar o que quisesse e levasse para casa. Claro que recheei a minha com milhares de cupcakes, brownies, maria-mole de morango e mais uma infinidade de coisas que não faço a menos idéia do que seja.
Preciso de fato dizer que cheguei 40 minutos atrasado porque me perdi? Ok...
http://www.beasofbloomsbury.com/

Retornei para casa para deixar meus bolinhos e já logo saí de novo. Aliás, contraste é comigo mesmo, e a maior prova disso é o lugar que fui então: The Roxy.
Conforme disse numa infinidade de posts anteriores, The Roxy é um night club que toca música alternativa e algumas 'oldies' que muito me apeteciam. E como essa especificamente acontecia aos sábados, resolvi ir. Nada melhor que uma balada depois de um chá noturno [?].
Eu demorei um pouco para achar o lugar, uma vez que não fica na rua principal. Mas logo vi uma imensa fila de gente diferente se amuvucando para entrar no lugar.
Realmente, a música do lugar, assim como o pessoal é bem alternativa. Peca por vezes em colocar um 'Beyoncé - Single Ladies' entre um 'Beatles - Twist 'n Shout'. Às vezes era algo que combinava, outras vezes ficava desastrosa a combinação.

Epígrafe de Márcia Alcântara:
"Já errei um monte de fichas, talvez tenha que reaproveitar algumas" [Ok, e ainda houve boatos...]

Música para o momento:
Kerli - Tea Party
White Stripes - Catch Hell Blues
Beatles - Twist 'n Shout

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Brunch Internacional + Convent Garden + Hyde Park + Pub + Atenção

Sexta feira. Cada sexta tem algo diferente a ser feito. Combinamos em sala de aula fazer um 'brunch' mostrando as comidas típicas de casa país. Eu, como não sabia cozinhar ou onde encontrar comida brasileira aqui, fiquei de levar guardanapos e algo para beber. Encontrei uma caixinha de Água de Coco [nada mais brasileiro que isso], mas tinha apenas 330 ml e custava £1,50. Ou seja, precisaria comprar pelo menos dez. Totalmente sem condições. Comprei duas caixinhas de suco de laranja [bem paulista] e levei.
Bom, tínhamos comidas típicas da Nigéria, Venezuela, Brasil, Taiwan, Coréia e Turquia. Sinceramente, a comida turca é extremamente agradável. Comi uma espécie de omelete que era absurdamente saborosa. Mas o maior destaque foi dado a Coxinha. Todos se mataram pela coxinha que acabou em questão de segundos. Os venezuelanos não conseguiram sequer degustar. Fora o Pão de queijo e o Guaraná Antarctica que, a propósito, tem gosto diferente aqui. Não sei como pode ser possível, mas...

Durante a aula, demos uma leve passada em Convent Garden [sim, saímos da aula para irmos a Convent Garden, esse tipo de coisa acontece normalmente]. Vimos algumas apresentações de rua, lojinhas de coisas fantásticas [lojas = perigo para meu bolso. Tem uma de camisetas que preciso passar o endereço [está no final do parágrafo]. Andamos um pouco até o final do horário de aula. Ficamos em quatro: dois brasileiros e dos turcos, então resolvemos passear próximo a Kesington, Hyde Park e, depois de comer algo [depois de toda a comilança do brunch] Harrods.
Hyde Park é um parque simpático, porém bem simples. Ao contrário do Regent's Park, este não tinha um ar de elegância e, sim, algo bem aberto até. Todos com suas bicicletinhas, livros, garrafas de tequila [?] e outros. Passamos perto do Wellington Arch e então fomos para um pub almoçar.
Bom, foi um pouco complicado de achar um, pois o único que encontramos aberto estava cheio [alguém já viu algum pub vazio? nem eu]. Andamos um pouco discutindo onde deveríamos ir quando uma garota na rua viu que queríamos tomar uns gorós e nos indicou um. Fomos até ele. Pedimos uma cerveja quando um moço no balcão também pedindo algo me perguntou de onde eu era. Voltei para a mesa e ficamos esperando o rango chegar, papeando. O moço sentou-se à mesa em frente e ficou encarando. Continuamos conversando quando a brasileira vai pegar a carteira na bolsa. Mas cadê carteira? Aliás, cadê o moço que estava na mesa em frente? "CARALHO, CORRE ATRÁS DELE, ELE PEGOU MINHA CARTEIRA" foi o que ela disse. Como se fossemos encontrar ele, tentamos correr atrás, mas já era tarde: o rapaz fugiu com a carteira dela. Por sorte, celular, passaporte e outros ficaram com ela, mas e o stress? A polícia extremamente eficiente chegou em menos de três minutos depois e foram verificar as câmeras de segurança e pegar os depoimentos de todos no bar. Por sorte, a gerente do lugar falava português, o que nos ajudou a ligar para os bancos e cancelar os cartões.
Obviamente, depois disso ninguém mais tinha clima para ir ao Harrods e fomos todos para nossos lares. A Brasileira foi para a casa de uma amiga dela pedir ajuda com outros detalhes.
Em resumo: Londres é um lugar seguro e a polícia é eficiente. Mas é melhor prevenir que remediar.

Link da Loja de camisetas:
http://www.stupidfactorystudios.com/
http://www.davidandgoliathtees.com/

Epígrafe de Márcia Alcântara:
"Para estar junto não é preciso estar perto, mas sim do lado de dentro" Leonardo Da Vinci

Música para o momento:
The Killers - Midnight show
The Ting Tings - Keep your Head
BabyShambles - Fuck Forever
Cássia Eller - Malandragem

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Regent's Park + Madame Tussauds

Regent's Park. Só posso dizer que, até agora, é o melhor lugar do universo.
Ok, menos melodrama e mais ação.

Regent's Park é um parque IMENSO que fica na região norte do centro de Londres [entendeu, norte do centro?]. Dentro deste parque possuí ainda o colégio de Regent's Park e o Zoológico de Londres [não, não visitei nenhum destes]. Possui cerca de 4 km de circunferência. Ou seja, tem espaço para todos que visitam sem amuvucar. Dentro, possuí um círculo menor que possui um Jardim Real, também conhecido por Queen Mary's Garden. Neste círculo menor, possuí pelo menos 75 diferentes tipos de flores, todas com títulos um tanto quanto curiosos. Desde a Rosa aveludada, chamada de Ingrid Bergman [famosa atriz de Casablanca] até uma tímida Rosa amarela conhecida por 'Singin' in the Rain'. Claro, nem só Hollywood patrocina esse parque, uma vez que nomes como 'Lovely Lady', 'Princess Alice' e outros dominam. Sentar de frente a cachoeira e um dos milhares de bancos e tirar os sapatos é uma das coisas mais comuns neste parque. Também é bem comum piqueniques na grama, leituras de jornais, Cooper e folheadas em livros de literatura, além dos encontros românticos. Um destino, no mínimo, adorável. Foi um dos lugares que mais me valeu a pena ir.

Madame Tussuads, a famosa exposição de bonecos de cera. Eu comprei os ingressos online porque é possível obter alguns descontos quando você compra tickets juntos. No meu caso, comprei o ingresso para Madame Tussuads e a London Eye. Comprei o ticket para as 14 horas, mas dentro o Regent's Park o tempo corre diferente e, quando percebi, já estava atrasado. Como a atração do Madame Tussaud dura [pelo que dizia no bilhete] trinta minutos, uma palavra traduziria tudo: fodeu.
Para minha sorte, é no mínimo impossível você ir para o Madame Tussauds e ficar por menos de duas horas lá. As famosas estátuas de cera fidelíssimas são tão reais que te fazem viajar. Desde ícones antigos, como Marilyn Monroe, James Dean e Audrey Hepburn, a líderes de países, como Obama, Hilary Clinton, Saddam Husseim, a ídolos Pop, como Amy Winehouse, Justin Timberlake e Robbie Willians, e finalmente passando por personalidades famosas, como Einstein, Oscar Wilde [Senhor, quase chorei, não esperava por isso quando estava lá, sério] e mais alguns ícones do esporte. Logo após, tem uma espécie de tour que você segue para conhecer a história de Londres desde o princípio, passando pelo Grande Fogo, a Reconstrução da Catedral e a realeza.
Dica: Leve sua câmera, mesmo que vá sozinho. Tem diversos assistentes por lá que tiram fotos para você. Se você comprar as que eles tiram das máquinas deles, pagará apenas 15 libras por duas fotos [exatamente, use a SUA câmera].
Para quem tinha ingressos especiais [como eu, cough cough], uma nova área se abriu: Heróis Marvel. Ok, meu instinto nerd apitou a milhão e disse CORRE E TIRA TODAS AS FOTOS POSSÍVEIS e foi o que tentei fazer. Mas tinha apenas quatro minutos antes de começar a sessão do filme em 4D produzido pela Marvel. Capitão América, Wolverine, Mulher Invisível, Homem Aranha entre outros estavam lá. Já o filme em 4D é uma experiência dolorosa. Trata-se de uma cúpula enorme que abriga cerca de 100 pessoas. Lá, enquanto você vê o filme, você 'sente' o filme [Hulk pisa mais forte e o chão treme. Homem Aranha lança jatos de teia na sua cara QUE VÃO NA SUA CARA DE FATO, e são refrescantes. O mais doloroso é quando o Wolverine saca suas garras de metal e você toma um murro nas costas com isso.]. É uma experiência, além de dolorosa, friso novamente, incrível.
Lojinha de souvenires = perigo a vista. Nem digo mais nada, desisti de resistir.

Epígrafe de Márcia Alcântara:
'Feche os olhos, mas deixe a mente aberta' - Ponte para Terabítia [Filme. Não tenho total certeza se está frase aparece no livro.]

Música para o momento:
Snow Patrol - Shut your Eyes + Chasing Cars + Open your Eyes [Nesta Ordem, por favor. [Esqueça por um segundo que o CD está diferente disso]
Cansei de Ser Sexy - You Can Have it All

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Camden Town


Camden Town, Camden Lock, Camden Winehouse... Lembro que já ouvi um milhão de coisas sobre esse tal de Camden, mas que diabos é isso que todos ficam admirados ao saber disso.
Sinceramente, não sei o porquê disso tudo. Posso estar enganado.
Eu fui nesse tal de Camden que todo falava e que disseram que eu ia adorar. Primeiro, logicamente, pesquisei atentamente pelo lugar na minha querida colega de trabalho, a dona Net. Digo, se você for fazer algo mais não sabe bem do que se trata, consulte sempre a dona Net. Consulte até mais que o colega Mapa. Mas não se torne dependente apenas do que ela diz.

Ok, Camden Lock é um dos maiores mercados de rua em Londres. Geralmente, vende roupas, livros, discos e acessórios alternativos. Aliás, alternativo é a palavra, porque aqui você encontra coisas para diversos gostos [inclusive comida brasileira, coisa que me assustou, sério]. Geralmente, Góticos e Punks são atraídos para cá, pois os itens têm um toque 'dark'. Não apenas coisas nesse gênero, por exemplo, eu trouxe uma blusa de cogumelos do Mario de lá [coisa mais Nerd, só se eu tivesse trago o HQ do capitão América que fiquei paquerando na loja]. Enfim, uma infinidade de gêneros de coisas e mais coisas e coisas de todo o tipo de coisas [sim, lá vende 'coisas', acho difícil definir melhor o que tem em Camden. Houve boatos [mua ha] de que a famosa cantora Amy Winehouse, encontrada morta em Julho de 2011, fazia freqüentes compras nesse mercado. de fato, vários vestidinhos lá certamente fazem bem o estilo da cantora. A cantora, por acaso, morava no borough de Camden [o mercado leva esse nome por causa do borough em que se encontra, Camden Town].

Enfim, Camden tem de tudo um pouco, e é possível ter alguma visualização na página oficial do mercado, que está no fim desta postagem, agora vou dar as minhas opiniões.
Algumas literaturas dizem que Camden é um lugar perigoso e cheio de assaltos. Balela, apenas se você sair da trilha principal e entrar em algum dos becos pode ser que aconteça algo [tem algumas pessoas feias por ali, mas nada de demais. Sei disso porque 'acidentalmente' passei em um e fiquei assustado].
Camden cheira a tabaco. E não é daqueles tabacos bacanas que a gente vê em lojas especializadas. Não, é aquele tabaco fedido, encontrado naquelas pessoas que fumam oito maços por dia.  Pode ser que alguém apenas soltou uma baforada na minha cara e não percebi, mas foi isso que senti.
Camden tem várias lojinha de objetos Vintage [não confunda com retrô, por favor]. Eu, infelizmente, não consegui ficar muito tempo dentro de uma, pois minha rinite não me permitiu. Mas de fato tem alguns artigos dos anos 80 muito interessantes.
CDs e Vinis por lá. Pode ser que eu esteja novamente enganado, mas eu vi apenas duas barraquinhas vendendo. E, infelizmente, pouquíssimos títulos. Procurei por alguns Discos de vinil muito conhecido do The Cure [outra banda Inglesa], The Clash e mais algumas coisas e, infelizmente, não encontrei.
Camden Lock, inicialmente, era realizada apenas aos domingos. Devido ao tamanho, se expandiu para os sábados. E conseqüentemente, para toda a semana. Eu apareci numa quarta feira, talvez por isso não tenha atendido com meus requisitos. Sinceramente, me decepcionei um pouco, pois achei que ia sair de lá com mil sacolas e voltei com uma blusa e um livro [que poderia ter achado em qualquer lugar, mesmo em Charing Cross].

http://camdenlock.net/

Como eu disse no começo da postagem, antes de ir a algum lugar, busque na Dona Net, mas não se apegue inteiramente ao que ela lhe diz. E se você estiver lendo este texto, você sem dúvidas está na Dona Net.

Epígrafe de Márcia Alcântara:
"Quem diria que ler e escrever um dia serviriam para alguma coisa" Homem Simpson, personagem de 'Os Simpsons' de Matt Groening

Música para o momento:
Amy Winehouse - Back to Black [pela musa de Camden]
The Cure - The Walk [pelo disco que eu não achei]

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Londres - A cidade dos 'Maiores'


Londres é uma cidade de 'maiores'.

Geograficamente: É a maior cidade da Inglaterra e do Reino unido. Conseqüentemente, torna-se o município mais populoso de toda a União Européia.
Sobre o transporte: Seu aeroporto, Heathrow, é o mais movimentado do mundo em número de passageiro internacionais. Seu espaço aéreo é o mais movimentado. O metrô de Londres é o mais extenso do mundo.

Economicamente: É uma das únicas duas Cidades Globais Alfa ++ [Junto com Nova Iorque]. Londres é o principal centro financeiro da Europa e do mundo. Possuí o maior centro mundial de Administração de Fundos.

Cultura: Londres também é a cidade com maior número de museus [não sei ao certo, mas parece que são mais de 240!]. É a cidade com o maior número de atrações culturais no mundo.

Além disso, em Londres está localizado o marco Zero, também conhecido com 'O Meridiano de Greenwich'.
A Literatura de Londres é uma das mais incríveis de todo o planeta. Mesmo escritores que nasceram em outros países se inspiraram em Londres para compor [Exemplo melhor que meu caro Oscar Wilde, irlandês, não teria]. Algumas pessoas menos desinformadas por vezes acreditam que Londres na verdade é um país e que sua capital é Paris, devido ao tamanho [Londres é enorme] e pela paisagem [A classe de Paris lembra um pouco a classe de Londres]. Fora que é extremamente rápido ir de um lugar a outro [1 hora de avião ou 3 horas de trem].

Londres também, recentemente, sediou o casamento real de William e Catherine [não podemos mais chamá-la de Kate, ok?]. Em 2012, Londres sediará pela sua terceira vez as Olimpíadas. Aliás, Londres é a primeira cidade e sediar pela terceira vez as Olimpíadas [até mesmo antes de Atenas, Uou].

Bom, se eu for citar tudo o que Londres tem a oferecer, vou ficar até 2025 falando. Mas o que importa, Londres é um destino super-recomendado para quem precisa descansar, estudar, passear, se divertir entre outros milhares de coisas. Afinal, 'London is Calling'.

Epígrafe de Márcia Alcântara:
"Um Guerreiro se faz com uma parte de coragem e três partes de loucura" - Eragon [Filme. Faço questão de frisar que está frase está presente apenas no filme e nada consta sobre ela no livro]

Música para o momento:
The Clash - London Calling
Alanis Morissete - London
Caetano Veloso - London London

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Dicas para intercâmbio


Como eu basicamente não fiz nada de interessante na segunda [resolvi me dar uma folga, uma vez que não parei desde que cheguei aqui], resolvi escrever esse simplório texto com algumas dicas de viagem para intercâmbio.
Passei por um bom tempo pesquisando formas de fazer intercâmbio antes de fato vir para cá. Levei, em média, dois anos me preparando para isso. Guardando dinheiro, pesquisando sobre a cultura local e coisas para serem feitas, escolas, taxas e outras coisas aleatórias. Não foi um trabalho fácil, mas também não posso dizer que me dediquei todo o tempo a isso.

Bom, em primeiro lugar antes de se fazer uma viagem você deve definir qual é o foco da viagem. Por exemplo, se você está saindo do país para fazer compras, trabalhar, estudar, conhecer pontos turísticos, etc. Não é possível querer fazer tudo de uma vez, senão você não consegue aproveitar com plenitude o que você foi fazer. Ou, talvez, até consiga, mas precisará de um range maior de tempo.

Logo de início eu decidi: preciso estudar. Minha primeira escolha: Londres. Mas por que Londres? Simples, conhecia a cultura local [de livros e estudos anteriores] e sempre achei mais interessante o Inglês britânico que o americano. Então, que tipo de estudo seria a próxima questão. Existe uma infinita gama de cursos para fazer, desde cursos básicos de inglês a universidades e graduações. Como meu prazo é curto, apenas quatro semanas, resolvi fazer um curso simples de inglês. Então onde devo morar? Dividir um quarto me parece algo amedrontador, principalmente se você não conhece seu 'roommate'. Hotéis são caros, casas para alugar também. Logo, escolhi uma casa de família com quarto individual. Bem mais barato e você ainda estuda inglês em casa, dialogando com a família. Mas qual escola devo escolher? Bom, aí já muda um pouco o rumo da coisa...

Particularmente, estudar no Canadá e na Irlanda são os rumos mais procurados por estudantes brasileiros. Motivo: Grana. São os lugares mais baratos e com menos burocracia para se ficar. Alguns lugares nos Estados Unidos são bem baratos, como algumas cidades no Texas, mas é extremamente burocrático conseguir um visto. Eu quase cedi e fui para o Canadá, em Toronto, por causa de grana. Mas descobri que não ia fazer o que eu de fato queria. Londres de fato tem um custo de vida alto, mas tem uma satisfação diferente por meramente estar aqui.

As escolas mais conhecidas são essas:

Kings College - com toda a classe britânica, com diversos tipos de cursos, que vão desde cursos simples de idiomas até pós graduação. Uma das melhores opções para se estudar e também uma das mais caras.
http://www.kcl.ac.uk/

Kaplan - Também não muito barata. Possuí diversos programas, desde o 'Back to School', que são programas voltados para Adultos depois dos 30, cursos para professores e universidade. Cursinhos pré-universitários entre outros. Site oferecido em português.
http://www.kaplaninternational.com/

LSI Language Studies Internacional - Possuí várias localidades ao redor do mundo. A LSI possuí diversos Idiomas a oferecer, não apenas inglês. É uma das opções mais baratas e também uma das mais procuradas. Também possuí uma imensa gama de cursos. Novos alunos podem entrar toda segunda feira.
http://www.lsi.edu/en/

Ok, mas para fazer um intercâmbio não é necessário apenas marcar a escola e a estadia. Você precisa saber necessariamente o que fazer para chegar até esses negócios. E por isso existem as agências de intercâmbio, para fazer a mediação entre o aluno e a escola e dar diversas dicas e informações.

STB - Student Travel Bureau - trabalha com as mais famosas escolas e tem tantas opções que são capazes até de deixar tonto. São bem prestativos e dão todas as informações que precisam. O Problema na minha opinião é que eles cobram algumas taxas que até agora não entendi para que servem. Conseqüentemente, cursos são mais caros aqui [cerca de 1000 reais de diferença por mês, o que de fato é um absurdo].
http://www.stb.com.br/

Experimento - Agência não muito divulgada, porém possuí 45 anos de experiência no Brasil. Possuí programas de todos os tipos, desde pacotes de viagem a trabalho no exterior. Até agora não consegui entender se tem alguma ligação com o governo. Possuí ótimos preços, mas os atendentes não são muito receptivos [OK, pode ter sido apenas uma atendente, mas me deu uma péssima impressão].
http://www.experimento.org.br/

CI - Central de Intercâmbio. Uma das mais conhecidas agências de intercâmbio, espalhada em diversas localidades do país. Não é à toa: eles são extremamente atenciosos. Qualquer dúvida que você tiver, por mais idiota que possa parecer, eles respondem com boa vontade. Possuí diversos programas e diversas escolas para escolha. Preços atraentes.
http://www.ci.com.br/


Epígrafe de Márcia Alcântara
"A Estrada em frente vai seguindo
Deixando a porta onde começa.
Agora longe já vai indo,
Devo seguir, nada me impeça;
Em seu encalço vão meus pés,
Até a junção com a grande estrada,
De muitas sendas através.
Que vem depois? Não sei mais nada."
J.R.R. Tolkien - O Hobbit - A Estrada

Música para o momento:
Snow Patrol - Warmer Climate

domingo, 11 de setembro de 2011

Greenwich [2]

Três dicas básicas se você pretende ir a Greenwich, ver o observatório, o Meridiano, Museu e qualquer outra coisa que tenha por lá:
1 - Não saia de casa da tarde. As melhores coisas para se fazer fecham cedo. [Por volta das 16]
2 - Não saia de casa sem um mapa. Às vezes você quer voltar e tem de fazer um longo percurso andando porque não sabe qual ônibus pegar.
3 - Não dependa de ninguém. Se quiser ir, simplesmente vá.

Sem mais a acrescentar.

Apesar de tudo, Greenwich é um lugar lindo.

Epígrafe de Márcia Alcântara
"O rapaz mexeu pensativamente o chocolate. Depois, disse baixinho: — Acho que vai ser preciso um certo tempo para me habituar outra vez a tudo." - Michael Ende, A História sem Fim. Capítulo XXVI, 'A Água da Vida'.

Música para o momento:
Cansei de Ser Sexy - Fuck Everything

sábado, 10 de setembro de 2011

British Music Experience + NightClub em Piccadilly Circus


Música sempre foi o meu mal. Boa música para ser mais exato. E boa parte das boas músicas vem da Grã-Bretanha. Por vezes nem só a música, mas a influência por trás dela. Posso citar um bilhão de exemplos, como Queen, Pink Floyd, Rolling Stones, Franz Ferdinand, Amy Winehouse e, é claro, os Beatles. David Bowie, Kate Nash, Led Zeppelin, Iron Maiden e mais outros que vou me perder se acabar citando.
Em resumo, a música britânica foi feita para todos os gostos.

O British Music Experience nada mais é que uma espécie de 'Museu' da música britânica. Está localizada na gigantesca O2 arena, famosa por sediar diversos tipos de eventos. Fica numa ótima localização em Greenwich, onde é absurdamente simples de chegar. Primeiro lugar que de fato vou e não me perco.
Mas nem tudo são as mil maravilhas. Cheguei à estação e percebi que deixei o cartão de memória da câmera digital espetado no PC. Volto para buscar. Aproximadamente 40 minutos para ir e voltar. Sem problemas. O problema é que eu não sabia que a maioria das atrações não se pode tirar fotos.
Ok, vamos ao evento.
MEU DEUS DO CÉU, eu toquei guitarra. Tá, não foi a coisa mais linda do mundo eu tentando tocar Magic Numbers, mas eu tentei. Existe uma arena apenas para 'aprendermos' a tocar alguns instrumentos. Guitarra, Bateria, mesa para DJ, teclado e até 'cantar' [melhor seria 'desafinar'].
As outras salas possuem artigos raros das coisas mais interessantes de toda a história da música britânica e seus artistas. Uma experiência incrível, pode apostar. Tudo dividido pela época dos acontecimentos [exemplo, anos 50, anos 60...] Tudo muito fantástico, uma experiência que vale a pena ter. Até comprei uma boina dos Beatles! Indicado pela minha querida prima, também já conhecedora desse paraíso chamado Londres, Cíntia.
Para mais informações, acesse o site indicado.
http://www.britishmusicexperience.com/

Voltei para casa. 'Vou dormir', pensei, mas minha homestay sugeriu assistirmos um filme. 'Os 10 mandamentos'. Duração: 5 horas! Lugar: mesa da cozinha no Mac Book. Paciência do Pedro Dias: <= 0. Obviamente, no meio da sessão 'Pipoca sem pipoca', fui para o meu quarto. Passaram-se dez minutos quando meu colega bate a porta me chamando para sair. Ele também tinha perdido a paciência com o filme. Claro, quem agüenta... Fomos a Piccadilly Circus procurar Algum Night Club ou coisa assim. Só que o mané aqui saiu de casa de tênis, se esquecendo que boa parte desses lugares só é permitida a entrada de sapatos. Mas conseguimos entrar em um destes. Tomamos um Redbull e ficamos imitando o professor Coisinha-De-Jesus [OK, sem tantos exageros], mas acabamos saindo logo, afinal, era um dos piores Clubs que já vi na minha vida. Começando pela música. E só quando e já estava voltando lembrei-me do The Roxy, que tinha prometido ir. Ok, ainda tenho um sábado, pensarei em ir lá.
Só para constar, por causa do colega, me perdi na volta. Mas se não fosse meu lindo Mapa da Cidade e meus conhecimentos sobre a última noite de sexta que andei bagarai [lembra disso, que fiquei andando três horas sem saber onde estava?], conseguimos chegar em casa as 2 e meia da manhã.

Epígrafe de Márcia Alcântara
"E ainda houve boatos..." - Luísa Marilac [Ok, se você não conhece a Luísa Marilac, é bom você ver esse vídeo aqui.

Música para o momento:
Não vou colocar o nome de uma ou duas músicas. Vou listar bandas que se encaixariam com a situação, uma vez que o British Music Experience me deu um novo ar para música.
Kate Nash, Beatles, Amy Winehouse, The who, Queen, Rolling Stones, the Kinks, The Smiths, Oasis, Kaiser Chiefs, The Pretenders, The Clash, Franz Ferdinand, Klaxons, David Bowie, Blur, Chemical Brothers, Goldfrapp, Fatboy Slim, Lily Allen, Supergrass, The Verve, The Prodigy, Metronomy, Spice Girls [sim, elas são britânicas].

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Tower Bridge + Chá das Cinco!

Chega mais uma sexta. Todos vão para os bares, tomar suas 'Pint of bitter' com os colegas e tudo o mais. Pedro Dias obviamente busca o não óbvio: vai tomar chá.

Ok, do princípio [adoro fazer isso].
Ontem, quando passava pela Fleet Street [I feel you, Johanna!], vi algumas milhares de casinhas de chá. Logo pensei "Caramba, ainda não tomei chá aqui. Pronto, é isso que vou fazer amanhã".
Como somos abertos a perguntar qualquer coisa aos nossos professores, e nada melhor do que eles para nos darem dicas de coisas para se fazer, pedi uma dica a professora de um lugar bacana para tomar chá. Ela me indicou um lugar e disse que é aconselhável chegar depois das 3 da tarde, porém antes das 5, porque o lugar ferve. Perfeito, dá tempo de fazer alguma coisa enquanto isso. Vou à Tower Bridge.

A Ponte da Torre é um dos cartões postais mais famosos de Londres. Seu idealizador morreu antes que a obra fosse de fato iniciada, por isso seu projeto inicial sofreu diversas modificações, como o uso de aço Escocês [um dos mais resistentes] e alguns detalhes no design, para deixá-la mais com a cara da realeza [o projeto foi considerado simples demais para Londres]. Fora necessários 8 anos para a construção e apenas 43 funcionários morreram durante esse período. Este é um número relativamente baixo, uma vez que não existia controle de qualidade ou 'CIPA' no século XIX. Cada torre possuí 65 metros de altura, que suporta a ponta basculante, que é aberta cerca de 950 vezes por ano, para a travessia marítima. Ok, chega de história. Para entrar, você paga uma taxa simbólica de 4 libras e alguma coisa, mas você pode tirar fotos incríveis, entender todo o funcionamento na casa das Engrenagens, conhecer a história a fundo [tudo isso que contei é dito por todo o percurso da torre]. É um dos passeios que mais vale a pena de se fazer em Londres. Para alguns, pode parecer maçante, mas só de imaginar que uma coisa tão fantástica e tão criativa foi construída em meados de 1890 é incrível! Fora a visão Rio Tamisa que você tem de lá de cima.

Meu Deus, me perdi. Legal, pra variar, e agora, como vou chegar ao chá na hora? Por sorte, não tinha perdido meu mapa como no dia anterior. Nunca, e quando digo nunca é nunca, saía de casa sem seu mapa. A não ser que você não queira voltar mais, é claro. Logo consegui me localizar e achei uma estação do metrô. Cheguei para o chá às quatro e quinze da tarde. Perfect timing.
Paraíso. Me senti na casa da Rainha! Aqui, sem dúvidas, é o melhor lugar de toda a Londres. A localização, a decoração, o chá, os cupcakes, as geléias... Meu Deus, tudo! Até a música ambiente do lugar era perfeita! Só fui um bocado caro, mas era tudo o que eu precisava. Afinal, cheguei em casa tão bem que mal andava. Mas com um peso extra de tanto ter comido, afinal é uma porção para dois que abocanhei só.
http://www.beasofbloomsbury.com/
OBS: Sábado de 17 terá uma deliciosa festa do Chá do Chapeleiro Louco. Adivinha onde eu vou estar? MUAH!

Epígrafe de Márcia Alcântara:
"Sou eu que vou ser seu amigo. Vou lhe dar abrigo [...] Sou eu que vou ser seu colega, seus problemas ajudar a resolver [...] Serei, de você, confidente fiel se seu pranto molhar meu papel." Toquinho - O Caderno


Música para o momento:
Almost Alice, Trilha Sonora do Filme 'Alice in Wonderland' de 2010 de Tim Burton [Todo o CD]
Two Door Cinema Club - Tourist History [Todo o CD]

Epigrafe Adicional:

Um dos meus autores favoritos, Oscar Wilde, criador do 'O Retrato de Dorian Gray' e 'O Fantasma De Canterville', viveu boa parte de sua vida em Londres, dedicando várias de suas obras a esta cidade e suas construções. Uma dela, 'Impression du Matin' é um poema dedicado ao Rio Tamisa, que estava estampado em algum lugar na Ponte da Torre. Acho muito digno e vou compartilhar:

The Thames nocturne of blue and gold
Changed to a harmony in grey;
A barge with ochre-coloured hay
Dropt from the wharf: and chill and cold

The yellow fog came creeping down
The bridges, till the houses' walls
Seemed changed to shadows, and St. Paul's
Loomed like a bubble o'er the town.

Then suddenly arose the clang
Of waking life; the streets were stirred
With country waggons; and a bird
Flew to the glistening roofs and sang.

But one pale woman all alone,
The daylight kissing her wan hair,
Loitered beneath the gas lamps' flare,
With lips of flame and heart of stone.
___//___
O Tamisa, nocturno, azul e ouro,
Mudou-se em cinzenta Harmonia,
Uma barca de feno ocre
Desceu do cais, e, baça e fria,

A bruma amarela pousou
Em pontes, casas; de verdade
Eram como sombras; St. Paul
Era uma bolha na cidade.

Depois de repente o clangor
Do acordar; ruas trilhadas
De carroças; e no fulgor
Das telhas uma ave trinava.

Mas, branca e solitária, uma mulher,
Beijando-lhe a cabeça a luz desperta
Bebia ainda o gás dos revérberos,
A boca como fogo, o coração de pedra.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Museu de Londres + Londres em Filmes

A cada segundo, parece que um pedaço novo de Londres surge no mapa. Ou, pelo menos, tomo conhecimento de um novo pedaço. Foi exatamente isso que aconteceu.
Londres é como São Paulo. Às vezes chove, às vezes faz um sol infernal, às vezes faz os dois ao mesmo tempo.
Como parecia que ia chover, resolvi ir para casa e descansar. Estava ficando um caco de tanto ficar andando e andando e andando todo o tempo, tinha que dar um tempo. Ia usar a desculpa da chuva para sair por escanteio. Mas a professora fez o comentário de que o Museu de Londres era absurdamente formidável e grátis. 'Peraí, Museu de Londres?' pensei. Esse eu desconhecia. Como ia chover, nada melhor que um lugar coberto para me abrigar. E um museu desconhecido me parecia à melhor opção.

Por algum motivo, outra pessoa também se interessou por ir. E adivinha a nacionalidade? Exatamente, brasileira. Acabamos indo juntos. Mas no caminho passamos pela frente da Art Gallery, uma vez que estava tendo a abertura oficial da venda dos ingressos para as Paraolimpíadas, que serão realizadas ano que vem aqui em Londres. Estava o primeiro-ministro todo todo jogando tênis [achando que estava jogando] com a galera. Um milhão de pessoas, então fomos ao destino final.
Já era um pouco tarde, então ficamos pouco tempo por lá, uma vez que fomos expulsos. Mas é possível ficar por horas e horas. Tem uma sala destinada apenas a realeza britânica, onde tem uma espécie de jardim no escuro, com vídeos ocorrendo nas paredes em tamanhos reais, com bonecos e trajes de época, incluindo nobres, damas e até um bobo da corte. Faltou ver a parte da Londres moderna, verei o que posso fazer com relação a isso...

Na volta, acabamos passando pelo Postman's Park. Reconhece o nome? Pois é, eu também não reconheci de cara, só percebi quando de fato entrei. Uma portinha minúscula, você não dá nenhuma importância ao parque, que é calmo e bem simpático. Mas se você assistiu ao filme 'Closer', sabe que esse parque também é famoso pela cena em que a Natalie Portman e o Jude Law encontram o nome da Alice Ayres entre os nomes dos heróis que se sacrificaram para salvar outras pessoas. Só de saber que a Natalie esteve ali, quase tive um ataque do Coração [sim, eu amo a Natalie Portman, e daí?].

Quando estava no ônibus, voltando para casa, me deparei com uma placa de rua. Fleet Street. 'Conheço isso de algum lugar'. Logo o Sweeney Todd me veio à mente, mas já era tarde para descer. Volto outro dia para conferir as Tortas de Carne da Mrs. Lovett.

Epígrafe de Márcia Alcântara
"Não adianta nem tentar me esquecer durante muito tempo em sua vida eu vou viver " - Roberto Carlos - Detalhes

Música para o momento:
The DevLins - World Outside [A música que toca na Suíte Paradise, em Closer]
Sweeney Todd Soundtrack - No Place Like London [Acho que o título da música já diz tudo.]

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Museu Sherlock Holmes + Coisas que não se vê em todo lugar


Londres é a capital dos museus. Existem em média 240 Museus por aqui e a maioria deles são abertos ao público. Na porta destes, existe uma urna onde você paga com o que acha que é justo para manter o museu. Geralmente, eles põe o preço sugerido de 2 Libras.
Mas nem todos esses museus são de graça.

221b Baker Street. Conhece esse endereço? Bom, se você for viciado em Sherlock Holmes, conhece sem a menor sombra de dúvidas. Esse endereço é o endereço que aparece nas 60 histórias escritas pelo ilustríssimo Arthur Conan Doyle. Enfim, neste endereço hoje é localizado o museu do Sherlock Holmes, onde você pode visitar toda aquela estrutura de casa antiga, onde o piso range, cheira a madeira velha e tudo o mais. Cachimbos espalhados por toda a casa e bonecos representando as cenas mais conhecidas por todos os fãs da saga. É, sem dúvidas, um passeio imperdível pra quem gosta de Sherlock Holmes. Principalmente a lojinha de souvenires, que tem cada item de colecionador que chega a ser até tentadora.
http://www.sherlock-holmes.co.uk/

Nem preciso dizer que para chegar lá me perdi um bocado, né? Andei pela Marylebone Road toda...

Na volta, passei por uma lojinha de doces que achei ocasionalmente na estação. Acho que nunca tinha visto aquela loja por ali. Acho que talvez porque eu passo olhando tantas outras coisas que ela passou imperceptível. Se você gosta de coisas diferentes, Londres é o paraíso. Se você gosta de coisas que você comia quando era pirralho, já pode começar a orar e agradecer aos céus. Lembra do famoso Skittles? Tem uma menção a eles no famoso filme 'De Repente 30', se você não for da época que ele lançou. E a Fanta Limão, edição especial de 1978 a 1983, se não me engano? E a Cherry Coke, que ficou no mercado até meados de 1998? Também tem coisas que estão para chegar ao Brasil, como o fantástico Kit-Kat, que é um chocolate com biscoito dentro, imperdível para os fãs de Twix. E fora outra infinidade de coisas, como Balas de Goma com formatos de Mário [sim, do Nintendo], Doritos com sabor [tinha saído do mercado no Brasil algum tempo atrás e eles estão tentando reintroduzir], mas com um milhão de sabores diferentes. Biscoitos Oreo, que não fizeram tanto sucesso no Brasil, entre outras maravilhas que melhor eu parar de falar que senão vou ser obrigado a fazer uma boquinha no meio da madrugada.

Epígrafe de Márcia Alcântara:
"Peixonauta, Marina e Zico
Juntos com tantos amigos
Êêô, hoje tem mais uma aventura
Êêô, hoje tem mais uma missão

Ou será um mistério
Vem a POP indicar
Pra entender o mistério
Todo mundo vai dançar

Peixonauta, bate palma
Os amigos batem o pé
Nós queremos uma pista
A POP diz qual é" - Peixonauta [e daí, eu assisto mesmo]

Musica para o momento:
Lily Allen - The Fear [tô igualzinho a Lily Allen nesse vídeo, e por pura coincidência, juro, hoje saiu uma matéria no jornal com a primeira entrevista que ela dá depois que ela engravidou.]

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Compras + CDS + Kings Cross + British Library


Bom, é possível que você ache que tudo em Londres é caro demais. Ou barato demais. De fato, depende muito do que você quer. Por exemplo, uma latinha de refrigerante gelado custa apenas 60 pence, o litro sai 1 libra. Se for analisar, é extremamente barato. Tem câmeras digitais Sony aqui por 59 libras. Big Mac custa apenas 4.19 libras. Mas almoçar não é tão barato assim. O famoso 'Fish & Chips' não achei por menos de 8 Libras por enquanto. Lembrando que tudo o que você quiser, você deve multiplicar por 2.90, que é o preço aproximado da Libra em reais. Roupas você não acha por menos de 10 Libras uma mísera camiseta. E não é a melhor camiseta do universo. Coisas simples não são tão baratas assim, fora algumas que são impossíveis de achar, como Barra de Cereais [acho que já comentei isso]. Agora um adaptador de tomada foi nada menos que 8 Libras. OMG!

Cometi um estrago. Eu ia para Baker Street, mas começou a chover, então resolvi ficar em Oxford Street mesmo. Eu nunca consigo olhar tudo que quero por lá, por Oxford Street é muito cheia e muito grande, então seria necessário pelo menos umas 10 visitas para conhecer ela inteira. Tanto que hoje encontrei uma loja que nunca tinha visto: Uma loja de CDs e DVDs.
Obviamente, já vou avisando que quase enchi a mão na loja, mas me controlei. Comprei apenas dois CDs, sendo que estava trazendo seis, mas uma camiseta, mas um pote de balas, mais um... E por aí eu tava indo. Agora olha que engraçado. O CD duplo de 'Tonight', do Franz Ferdinand, incluindo as faixas especiais de 'Blood' por apenas 3 Libras. O CD novo do Kaiser Chiefs, 'The Future is Medieval', lançado a pouco mais de um mês e meio, por apenas 5.99 libras! Se fosse no Brasil, não acharia por menos de 30 Libras. E diferente do Brasil, que as pessoas só baixam músicas ilegalmente, aqui o pessoal realmente compra os CDs. Eu, como gosto de suportar as bandas que gosto, fui obrigado a ter essas duas novas aquisições ao meu acervo.
Faz algum tempo que vi uma blusa numa loja. Ela é metade da bandeira de Londres com o símbolo da coroa. Mas o tamanho Médio parecia o mínimo e o tamanho Grande parecia menor ainda. Fui em outra loja onde achei um tamanho Grande que me coubesse e nem hesitei. Depois num camelô, escolhi duas camisetas de 6 Libras cada [eu sei que em cima disse que não acha camiseta por menos de 10 Libras, mas me refiro a camisetas normais, não dessas de camelô com os símbolos de Londres]. No total daria 12, mas eu dei uma xavecada [a moça não ficou contente com minha sugestão], mas no fim paguei apenas 10 Libras nas duas camisetas. Os Britânicos são abertos a pechinchar, mas muitos deles não gostam.

À tarde fui a British Library. No caminho, desci para Kings Cross [*---* terei que voltar, aqui cheira a pergaminho usado. Mas o pessoal que estava comigo não manjaram o meu louvor a Kings Cross], que é absurdamente perto. Não se tem muito a fazer na British Library, que é imensa e tem pelo menos dois bilhões de livros ali, principalmente se você não tem planos nem o cartão de Leitura. Para a minha sorte, tava tendo uma exposição sobre Utopias e mundos imaginários. Quando estava no meio da exposição, o pessoal chamou para ir embora porque a chuva ficou grossa. Definitivamente, esse povo é muito apressado, voltarei sozinho da próxima vez.

Epígrafe de Márcia Alcântara:
"Preparar o futuro significa fundamentar o presente." - Antoine de Saint-Exupery.

Música para o momento:
Franz Ferdinand - Feel The Envy + Can't Stop Feeling [em homenagem ao meu novo CD]
Kaiser Chiefs - Starts With Nothing + Heard it Break [o mesmo acima]
The Klaxons - Gravity's Rainbow [para a exposição do Novo Mundo]

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Aula escrota + Charing Cross + Paraíso Nerd!

Já vou avisando: essa postagem vai ser longa e melada.

Após um domingo tranqüilo, nada melhor que uma semana com correria. O Turco chegara ontem, e é um cara bem bacana. Se eu fosse mais Johnson, talvez nem soubesse que ele fosse turco se o encontrasse na rua. Sempre imaginei esse tipo de pessoas parecidas com as que moram na Arábia, assim como o Aladim. Ok, sou ignorante mesmo e nunca gostei de geografia [tanto que quase reprovei no ensino médio, mas isso não vem ao caso].
Enfim, esse não é o tópico mais importante do dia. Que, aliás, são vários.

Toda segunda feira, os alunos trocam de classe caso eles tenham melhorado/piorado. Para minha [in]felicidade, tinha ido para uma sala com um nível maior. Bem que eu sabia... Não estava no mesmo nível que o pessoal de lá. Primeiro que já foi um parto de achar a sala, uma vez que ficava num prédio externo. Segundo, porque apareceram, na falta de um, quatro brasileiros na mesma turma. Todos falando em português e nem aí. E por último, uma professora super simpática [/ironia] que jogou quatro folhas de papel em cada mesa e disse 'Volto em uma hora e vinte. Terminem que eu volto com as respostas'. Meu sangue latino ferveu. Fui conversar com o responsável pelo curso e pedi pra trocar de classe e expliquei meus motivos. Ele murmurou um 'acho que essa sala é melhor pra você, mas se você quer trocar... ' e me entregou um papel com a substituição. Amanhã irei para minha velha e confortável sala no quarto andar.

Conforme tinha planejado ontem, hoje é dia de ir para Charing Cross E NÃO ME PERDER. As duas vezes que tentei ir a Charing Cross acabei indo parar em Convent Garden ou voltando pra Tottenham Court, andando aleatoriamente. Ok, dessa vez consegui acertar.
Charing Cross é bastante conhecida por ter bastante lojas de livros de segunda mão. Em outras palavras, sebos. E de fato, existem milhares por aqui. Livros que forram as paredes, com escadas indo para baixo e para cima. Pessoas de todos os tipos olhando todos os tipos de livro imagináveis e possíveis. O paraíso para qualquer Ned do mundo que adora uma boa literatura. Não pude sair de lá sem comprar 6 livros, e com a promessa de que ia voltar...
A promessa era não me perder, certo? Não adianta, parece que algo acontece em meu coração... Cheguei em Chinatown! Sim, aquela famosa... É famosa? Ah, sei lá, sei que cheguei em Chinatown. Todos os Xing-Lings e 'Tlinta' ficam aqui, com suas lojinhas de artigos Chinês-Ingleses. Entrei em umas duas lojinhas, porque achei alguns artigos pra chá bonitos, mas acabei não comprando nada. Pareciam extremamente frágeis. E que foram feitos na China...

Mas uma andada e me perdi de novo. A diferença é que não sei onde é esse lugar. Sabia que era perto do lugar onde ia ter o musical da 'Priscila, Rainha do Deserto' [tinha um sapato enorme escrito o nome dela embaixo]. Até que parei em um lugar que merece um parágrafo só para ele.

Cinema Store. O paraíso de qualquer cinéfilo VICIADO em filmes. Lá quase não tinha DVDs de filmes, mas o que tinha de artigos de filmes levaria qualquer pessoa a ter um colapso nervoso dentro da loja. Já estava com quase dez coisas na mão, quando lembrei que precisa me controlar com os gastos, senão vou voltar devendo até as cuecas. Devolvi tudo para seus respectivos lugar. Óculos do 'Harry Potter', com grau e tudo, um escudo igual ao do 'Capitão América' [de ferro leve e tudo], um bilhão de coisas d'O Mágico de Oz', inclusive os sapatos de rubi da Dorothy, O chapéu da Bruxa má. Coisas do 'Sweeney Todd', Milhares de coisas do Tim Burton, miniaturas de todos os personagens mais conhecidos do cinema, como o Jack Sparrow, de 'Piratas do Caribe' e coisas que minha mente quis apagar para não entrar em depressão por não poder comprar.
Atualmente, não possui webpage para mostrar para vocês o que tem de artigos lá.

Bom, saí [tristemente] da loja, por ter que tomar cuidado com a falência. Mas aí aconteceu. Se eu achava que Charing Cross era o paraíso dos Nerds, me enganei. Outra loja que merece um parágrafo.

Planeta Proibido. Realmente proibido se você precisa economizar. Meu Deus, quadrinhos antigos, camisetas de personagens, roupões de personagens [!] chaveiros de personagens, canecas de personagens. PERSONAGENS em miniatura, claro! Marvel, Disney, Games... Varinhas de um bilhão de personagens do Harry Potter [eu contei, tinha pelo menos 25 modelos diferentes, mas minha vista embaçou], coisas de Mario, Angry Birds, Zelda, Super Metroid, Doctor Who... Enchi a mão quando lembrei da grana. Ok, mas não posso me regular tudo também, afinal sou filho de Deus. Ok, peguei um simbólico chaveiro com o símbolo das 'Relíquias da Morte', um pote de balas em formato de cogumelo do Mario e um pote de balas em formato de estrela do Mario. E tive que me controlar muito para não comprar camisetas e cuecas de personagens. O Gordo Granudo [se não conhece, procure no Google] deve ser freqüentador dessa loja, só pode.
http://www.forbiddenplanet.co.uk/

Cheguei em casa tão excitado com minhas novas aquisições, morrendo de dor de cabeça, mas feliz por saber que existe bom gosto em Londres.

Epígrafe de Márcia Alcântara:
'Bom trabalho homens! Andamos 2 quarteirões, faltam 19!' Buzz Lightyear em 'Toy Story 2'

Música para o momento
Owl City - Fireflies [Juro que um dia vou ter um quarto igual ao Adam Young!]
Owl City - West Coast Friendship [estava tocando no Planeta Proibido, por mera coincidência do Destino. Eu sei, a música fala sobre a Califórnia, não Londres, mas to nem aí.]
Owl City - Vanilla Twilight [Owl City combina tanto com esse dia *----*]

domingo, 4 de setembro de 2011

Domingo em Greenwich

Ok, Domingo. Meus domingos no Brasil são bem simples, regados a pipocas, filmes e muito dormição.
Mas aqui não é Brasil, então, não vou comer pipoca, ver filmes e dormir. Vou andar!

Atualmente estou em Surrey Quays, um vilarejo que fica próximo a Deptford e Greenwich [sim, aquele do meridiano]. Fica localizado na Zona 2 e não fica tão longe de vilarejos grandes como Woolwich ou Greenwich [vilarejo, não Borough].
E é exatamente isso que resolvi fazer hoje: andar as margens do Rio Tamisa ao longo de Greenwich. Não passei no observatório, pois tenho uma visita marcada lá na próxima semana.
Fora um dia curto, assumo [uma vez que novamente acordei tarde], mas fora bastante relaxante. Mesmo com o rio Tamisa não sendo limpo como eu imaginava, com águas cristalinas como na Noruega, ele é imenso e bonito. E as construções de Greenwich são absurdamente inexplicáveis. Ao mesmo tempo em que são modernas, são bem... não sei explicar, são retrô.
Bom, o dia passou, tomei meu Frapuccino no Starbucks e voltei para casa. Planejei minha semana e saudosamente lembrei que acabara de fazer uma semana desde que aterrissei em terras estrangeiras.

Epigrafe de Márcia Alcântara:
'Ready to Go' - Panic! At The Disco

Música para o momento:
Lily Allen - The Fear [Se você ver o vídeo da música vai entender como me sinto nesse lugar]

sábado, 3 de setembro de 2011

Westminster a noite + Burrice + Roupas para lavar


Sábado, fuck yeah. Ah, desculpe pelo vocabulário...
Sem querer, após uma grande aventura na noite passa, acordei ao meio dia. Abri minha gaveta e vi que tinha pouquíssimas roupas limpas. Logo significa que é hora de lavar. E quem disse que eu sei lavar roupas? É...
Após a tormenta, que não foi fácil apertar aqueles três botões dá maquina de lavar, resolvi sair por conta para Westminster de novo. Agora com câmera.
Muita gente lá, mais que o dobro do dia anterior. Meu Deus, e quantos idiomas estranhos! Mas identifiquei que boa parte destes dialetos estranhos é Francês [obrigado, Amelie Poulain]. Aproveitei para ir numa hora em que o sol se põe, assim conseguia pegar dois diferentes ângulos das coisas: De dia e de noite. Não sei se vocês sabem, mas aqui só começa escurecer por volta de 08h30min da noite. Até esta hora, é o maior solzão [isto é, quando tem, afinal Londres é uma cidade cinza e raramente tem sol]. Então resolvi tirar as fotos e ir comer algo, enquanto esperava anoitecer.
Escoceses! Vocês estão por toda a parte. Sabia que amo vocês? *---* Se possível, irei ao país de vocês em duas semanas, ainda estou estudando as possibilidades. Ok, então, er.... Sim, tinha escoceses na ponte de Westminster tocando Gaita de fole e com saias Kilt! Não tem coisa mais bacana que ouvir isso. Até dei uma gorjeta pro rapaz [você não achou que ele não fica ali cantando na ponte de graça né?], que retribuiu acenando com os olhos, afinal, estava tocando Gaita.
Comi meu Lanchinho, olhando para o relógio e sonhando um pouco. Apareceu, pela primeira vez, um luar lindíssimo por aqui [geralmente, tudo muito enevoado, não é possível ver a Lua] surgindo por trás do Palácio do Parlamento. A London Eye se acendeu de azul digníssima e o relógio soou Nove Horas. Era Nove da tarde, como diria meu querido Brendon Urie. Agora só falta estar pronto para partir, e essa foi a parte mais difícil.
Ok, uma vez tomada coragem, entrei no metrô. Mas não queria ir para casa, então resolvi andar em Oxford Street pela noite. Achei que teria coisas diferentes à noite, mas me enganei. Então fui andando, até que um rapaz descolado e super simpática, que me lembrava alguém horrivelmente familiar, que só depois pensei: James Blunt, me entregou um papel. Nem olhei direito o que era e perguntei as horas. Ele me falou que era nove e meia, então parti.
No metrô, indo para casa, afinal estava ficando tarde e eu não tinha certeza de onde ir, resolvi pegar o meu mapa [repetindo, não saia de casa sem seu mapa] para conferir um negocio. Um papel caiu no chão. Era o papel que o James Blunt de mentira tinha me entregado. MEU PAI AMADO!!!! Era um papel de um night club que abria suas pistas exatamente às nove e meia. E sábado era a noite do 'Don't you want me baby?' que é quando eles tocam músicas dos últimos 40 anos! Diz o papel 'Pop Indie Cheese Disco Retro Rock' e o nome das minhas bandas favoritas! White Stripes, Franz Ferdinand, Strokes, Killers, e coisas bacanas que não ouço com freqüência: U2, Blur, REM. E na frente, imagens do The Prince, Grease, Abba, Jackson Five. Toda a perfeição da música num só lugar. E eu tinha perdido, afinal, já estava perto de casa.
Juro que sábado que vem vou ao The Roxy. http://www.theroxy.co.uk/


Epígrafe de Márcia Alcântara:
"A vida é um momento, não existe outra vida, faça-a queimar sempre com a chama mais quente" Oscar Wilde em 'O Retrato de Dorian Gray' [por mera coincidência, comprei mais uma versão desse livro ontem. Combina absurdamente com o momento].

Música para o momento
Panic! At the Disco - Nine in the Afternoon
Abba - Voulez Vous
Grease - You're The One That I Want [wuu-huu-huu]

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

T.G.I.F. + Andanças Aleatórias


Não se tem muito que dizer. Hoje é sexta-feira. Dia de cair na esbórnia, dançar, 'pegar as gatinha' e o que mais os brasileiros fazem.
Errado. Em partes.
As pessoas aqui gostam de sair para ir aos pubs. Sim, aqueles barzinhos que você chega, pede sua cerveja, paga e senta. Lembre-se sempre, aqui não tem garçons. Os pubs geralmente possuem poltronas confortáveis e sofás extremamente relaxantes. Música ambiente sempre e pessoas sorridentes.
Não tive oportunidade de ir num desses durante a noite. Me parece ser um pouco entediante ficar sozinho num lugar desse.

De qualquer forma, a aula fora razoável, e o segundo turno foi extremamente interessante, porque saímos da sala e fomos a uma livraria [que por acaso é muito conhecida por aqui e tem por todos os lados, Waterstone] para escolher alguns livros/DVDs/CDs e coisas legais de gênero. Comprei um livrão [sim, livrão, mais de mil páginas] com alguns trabalhos selecionados de Oscar Wilde, uma das minhas grandes influências. Fiquei babando num pacote de filmes de Alfred Hitchcock, [4 filmes pela bagatela de 10 libras], mas apenas um deles tem legenda. Fica meio complicado assim. Tomamos alguma coisa na livraria e fomos vagabundear no parque. Essa foi a aula de inglês do dia. Melhor, impossível.

À tarde resolvi ficar em casa. Estava um bocado exausto para sair, uma vez que não parei quieto desde que cheguei. Às vezes, a mente cansa e fica muito complicado de se absorver qualquer tipo de informação. Aqui, tudo é muito diferente, e minha cabeça começou a doer com toda essa mudança. Por isso, acabei cochilando.
À noite decidi que não vim para Londres para ficar cochilando [ok, complexo de bipolaridade, eu sei]. Então resolvi sair e ir de volta a Westminster tirar aquela primeira impressão ruim que ficou na minha mente. Como era de noite, resolvi não levar a câmera [eu me arrependi amarguradamente depois]. A noite é perfeita aqui: a Torre do Relógio se ilumina de verde e a London Eye se ilumina de azul, podendo a ver a kilometros e mais kilometros de distância. Realmente mágico. E tem um parque de diversões bem embaixo da London Eye [pobre, assumo, mas muito organizadinho]. Resolvemos então, Frank e eu, pegar o ônibus noturno de volta para casa. Eu, acreditando que Frank sabia o que estava fazendo, andei por pelo menos duas horas para achar o ponto do ônibus. Dei a maior volta do universo! Se não fosse eu para depois guiar Frank através do meu super-hiper-ultra-mega-power-master-blaster-soft-plus e desatualizado Mapa de Londres [nunca saia sem um desses, é absurdamente útil], conseguimos pegas o ônibus. Errado, assumo, mas pegamos. Descemos e esperamos por outro. Em resumo, cheguei em casa as 3 da matina, sem ter feito shit nenhuma.

Música para o momento
The Ting Tings - We Walk [precisa dizer alguma coisa?]

Epígrafe de Márcia Alcântara:
"Já não é mais a mesma hora, nem a mesma gente, nem nada igual. Ser real é isto." - Alberto Caeiro [Fernando Pessoa]

OBS: Sério, se vier a Londres, não saia sem mapa.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Considerações sobre o Transporte [2] + National Gallery + 'One Day'


Vou falar mais um pouco sobre os transportes em Londres:
Como já disse, pego o trem para ir para os lugares. Mas se você acha que tudo isso é uma maravilha o fato de tudo ser interligado, acredite, isso tem um preço. E não é barato.
Londres é dividido em zonas: O centro é a Zona 1 [praticamente, quase tudo que interessa está lá. Mas para morar lá, você tem de ser RYCA] e quando mais você se afasta do centro, maior a sua Zona. Atualmente, estou morando na Zona 2, que é razoavelmente perto do centro de Londres. Para ir até o centro, você tem que pagar a taxa de 8 Libras. Sim, o passe de Londres custa 8 Libras. Se for final de semana, apenas 6,60. Isso se você morar na zona 1 ou 2, porque se for outras zonas é mais caro ainda... Mas com esse passe você pode andar o dia todo.
Se você for estudante e passar mais de 14 semanas aqui, você pode ter desconto, mas nem faço idéia de quando é. Eu, como vou ficar apenas 1 mês, pude adquirir um Travelcard mensal, que custa 'apenas' 111 Libras. Posso andar o quanto eu quiser, mas desde que seja dentro das zonas 1 e 2. Se quiser ir mais longe, como em Notting Hill, por exemplo, terei que pagar outra passagem.
Como todos devem saber, o volante fica do outro lado, do lado direito. E os carros param se ver que você está se aproximando da calçada, muito civilizadamente. E ninguém anda acima do limite de velocidade, que parece ser 30 MPH [não sei se são KMH ou MPH]. E tampouco passam no semáforo vermelho. Pelo menos não vi nada disso acontecer, sério.
Ônibus são legais, são bonitos, mas dão muitas voltas, e às vezes pegam algum trânsito.

O dia começou com uma pequena decepção: O meu Professor Billy Kapranos [mua ha ha] era apenas um substituto. Minha professora de fato é Katherine, uma moça negra bem diferente, que fala bem rápido e com um sotaque bem americano. A princípio, é difícil entender o que ela fala, mas até que tudo bem.
À tarde, como o programa social do dia era Futebol [ahan que eu vim pra Londres jogar futebol ¬¬] resolvi caminhar para The National Gallery [você pode ver as fotos aqui do lado, eu postei. Só não é permitido tirar fotos do lado de dentro]. Dá para ouvir o Big Ben daqui! Meu Deus. Tem pessoas de todos os gêneros aqui. Todos tirando fotos e conversando mil línguas e subindo nos Leões [foi uma tortura conseguir uma foto nele] e tudo o mais! Tinha gente fazendo arte de rua, tocando música [Celine Dion, acredita? Gaita de Fole e gente fantasiada, arrecadando alguma grana] e pintando coisas. Do lado de dentro, todo o acervo de quadros presentes na Inglaterra. Meu Deus, mais de 50 salas só com as mais variadas imagens de todos os artistas imagináveis lá.
E a lojinha de souvenires então? Senhor, quase que tenho de me controlar pra não levar a loja toda! Milhares de miniaturas, cadernos, canetas, canecas, quebra-cabeças, bottons, coisas das Olimpíadas [sim, já está vendendo coisas das Olimpíadas de 2012]. Por fim comprei um livro, mostrando como era a Londres ontem e como é Hoje. E um caderno maravilhoso que custou os olhos da cara mais meu par de meias.

À noite finalmente consegui ir ao cinema. Assisti o maravilhoso filme 'One Day' [já listei como um dos meus favoritos]. Foi um pouco complicado entender tudo o que é dito, mas mesmo sem ouvir tudo, dá pra pegar a história. Se passa em Londres, desde 1988 até os dias de hoje. Uma história apaixonante, com um cenário lindíssimo e atores fenomenais [Ok, Anne, você poderia ter feito isso melhor, seu sotaque tava ridículo]. Eu digo, se você não puder vir para cá, assista esse filme.

Música para o momento
Celine Dion - My Heart will go on [não me critiquem, era o que estava tocando na National Gallery]
Gaita de Fole - Qualquer coisa [Meu Deus, Escoceses, vocês me matam assim]
Chopin - Nocturne Op. 9 [Música Clássica, se eu pudesse ter ouvido dentro da National Gallery, teria sido a coisa mais perfeita do Universo. e combina com o filme também, sério]

Epígrafe de Márcia Alcântara:
'Como um pássaro cantando na chuva, deixe memórias agradáveis sobreviverem em tempos de tristeza' - Robert L Stevenson